A saúde através da água

Após redução de estômago, pacientes precisam de exercícios para manter o peso

14-12-2010 00:48

 Muitas pessoas voltam a apresentar obesidade ou sobrepeso após a cirurgia.

Após três anos de cirurgia pacientes ainda apresentam IMC em obesidade.

Com ajuda de exercícios físicos aeróbicos (caminhada ou corrida), um grupo de onze mulheres que passaram por cirurgia de redução do estômago conseguiu perder entre 8,2 e 15 quilos (kg) em três meses. O estudo da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP acompanhou os efeitos dos exercícios em mulheres obesas que se submeteram a cirurgia um ano e meio antes dos testes. Após 12 semanas de treinamento, quatro mulheres apresentaram a classificação de Índice de Massa Corporal (IMC) normal.

O IMC é uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal: o peso corporal (em quilogramas) é dividido pela altura (em metros e ao quadrado). Em ambos os sexos, os valores de IMC para o sobrepeso encontram-se entre 25-29,9 quilos por metro quadrado e, para a obesidade, encontram-se acima de 30,0kg/m2.

Antes dos testes da pesquisa e 18 meses depois da cirurgia, três mulheres estavam com obesidade severa, três se apresentavam com obesidade de grau I (menos arriscada) e cinco na classificação de sobrepeso.

— Quando observamos as pesquisas relacionadas à obesidade, constatamos que após dois ou três anos de cirurgia alguns obesos ainda apresentam a classificação de IMC em obesidade. Poucos entram na classificação de sobrepeso e/ou eutrofia (normal) — comenta a professora Marcela Grisólia Grisoste , autora da pesquisa, destacando o resultado alcançado.

A pesquisa também avaliou a composição corporal do grupo, o que foi obtido pelo percentual de gordura por dobras cutâneas.

— É um método duplamente indireto que avalia a quantidade de gordura e a quantidade de massa muscular de uma pessoa — explica Marcela.

Com os exercícios aeróbicos, as mulheres conseguiram uma redução significativa das dobras cutâneas e do percentual de gordura. A professora enfatiza a preocupação na diminuição da quantidade de gordura, pois ela “pode ser notada não somente do ponto de vista estético, mas também de qualidade de vida das pessoas, já que a obesidade está associada a um grande número de doenças crônico-degenerativas”.

Outra medição realizada pelo estudo se refere ao condicionamento físico das participantes. Para isso, a professora avaliou a frequência cardíaca de repouso delas. Houve uma redução média de 11,90 batimentos por minuto, o que demonstra melhoria na condição física.

Treinamento

O treinamento aplicado consistiu, primeiramente, na avaliação da composição corporal das mulheres, identificando dados como o peso, a altura e o percentual de gordura. Durante 12 semanas, o grupo de onze mulheres realizou 60 minutos de caminhada e/ou corrida cinco vezes por semana. Após esse período, foram reavaliados todos os percentuais da composição corporal.

As onze participantes escolhidas já tinham sido operadas pela gastroplastia denominada Bypass y de Roux, técnica cirúrgica mais utilizada nos últimos 30 anos que provoca uma perda de peso e possui uma menor quantidade de complicações no paciente.

Ela ainda aponta que a pesquisa visou observar os efeitos do exercício aeróbio no grupo, sem trabalhar com outros fatores que poderiam influenciar os resultados, como uma orientação nutricional.

— Talvez se tivéssemos controlado a orientação nutricional as perdas poderiam ser maiores. E quem sabe, não somente 4 estariam classificadas no IMC normal e sim todas as 11 mulheres — comenta.

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